De acordo com a Sociedade Brasileira de Ortopedia (SBOT), a maioria das fraturas em crianças está relacionada a quedas no ambiente doméstico, afetando em maior proporção os membros superiores (clavícula, punho, antebraço e cotovelo).
Mas nem sempre o que causa essas fraturas são quedas ou acidentes bruscos. Um pequeno tropeço seguido de queda pode causar alguma lesão e esse tipo de situação pode ser muito comum em casas com crianças.
Os ossos da criança apresentam diferenças em relação aos dos adultos. Essas diferenças são importantes para determinar o tipo da lesão, o tratamento e o prognóstico em caso de fratura. O osso da criança apresenta maior elasticidade e porosidade; o periósteo – membrana de tecido conectivo que reveste exteriormente os ossos – é mais resistente e há a presença das cartilagens de crescimento. Além disso, como a criança está em crescimento, a capacidade de seu corpo de formar e desenvolver os ossos é superior à do adulto.
Por isso, por mais que os pais estejam atentos, as fraturas na infância são muito comuns e podem ocorrer durante brincadeiras aparentemente sem perigo.
Além de manter o cuidado para evitar essas ocorrências, é importante conhecer as mais comuns e saber como proceder.
Felizmente, elas não costumam apresentar riscos associados quando o diagnóstico é realizado rapidamente e a criança encaminhada para um tratamento médico profissional.
1. Braços
O principal tipo de fratura na infância ocorre nos braços, pois eles são automaticamente usados pelas crianças para se protegerem durante as quedas. Dependendo de como cair, a fratura pode ser mais séria, exigindo auxílio médico rápido.
Em geral a criança é submetida a um raio-x para identificar a extensão da fratura e pode ter o braço imobilizado. Se identificar uma possível quebradura nessa região, tente manter o braço da criança imobilizado até chegar no hospital.
2. Mãos
Assim como os braços, as mãos também são usadas para proteção durante as quedas, sendo que a fragilidade é um fator agravante no caso das crianças, podendo provocar quebra, torção ou luxação nas mãos.
Um tipo de incidente comum que pode provocar graves fraturas na infância é o esmagamento decorrente do fechamento de portas. Por essa razão é importante que os pais instruam os pequenos sobre os cuidados necessários e fiquem sempre atentos.
3. Nariz
Ainda que muitas pessoas não saibam, o nariz é um local comum de fraturas, principalmente devido à prática esportiva, pois o local fica suscetível a ser acertado por bolas, por exemplo.
Um problema desse tipo de fratura é que ela demora a ser identificada, prejudicando o início do tratamento. Entre os sinais que podem ser observados pelos pais destaca-se o relato de dores pelas crianças, presença de sangramentos ou manchas.
4. Pernas
Apesar de os membros superiores serem mais comumente afetados pelas fraturas na infância, as pernas também apresentam riscos elevados de fraturas. Uma grave ocorrência nesses casos é a fratura do fêmur, sendo necessária a imobilização.
5. Dedos dos pés
Outro tipo comum de fratura na infância e que pode demorar a ser identificada pelos pais é a que ocorre nos dedos dos pés, principalmente devido bater em quinas, paredes ou mal jeito na prática de esportes.
Para identificar esse tipo de fratura é importante verificar se a criança faz alguma queixa e analisar a presença de dor ou roxidão nos pés. Devido a difícil imobilização é essencial que o atendimento seja feito por um ortopedista.
6. Clavícula
Também faz parte das fraturas dos membros superiores causadas devido quedas nas quais os braços são usados para amortecimento da queda. Uma particularidade é que clavícula é uma região de difícil imobilização, sendo necessário a orientação médica específica.
7. Cabeça
Apesar de não serem as mais comuns, as fraturas na cabeça são as que mais preocupam os pais, mas muitas vezes por não apresentarem sintomas tão evidentes quanto em outras regiões, há uma demora na procura pelo médico. A criança deve ser encaminhada ao atendimento médico em caso de uma batida mais significativa na cabeça que resulte na presença de galo, confusão, desmaio ou atordoamento. Apenas após um raio-x ou exames mais detalhados, como a tomografia computadorizada, será possível verificar a extensão dos danos e adotar o tratamento mais adequado.
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